Muitas pessoas em busca de emprego e que vêm de áreas não tecnológicas veem uma empresa de tecnologia como algo impossível de ser alcançado. Elas acreditam que é preciso ser um especialista em tudo o que é relacionado a computadores e tecnologia para então poder simplesmente passar pela porta, mas isso é apenas um mito.
Primeiramente, a parte “tecnológica” de uma empresa de tecnologia é geralmente limitada às áreas de produto, enquanto o resto da empresa funciona como qualquer outra, recebendo pessoas de diversas especialidades e com diferentes backgrounds. Este fenômeno só é amplificado pelo imenso crescimento dos setores relacionados à tecnologia, o que aumentou o número de contratações.
Em segundo lugar, as empresas de tecnologia são muitas vezes as mais suscetíveis à ideia de reinvenção de carreira, pois sabem de antemão como o mundo atual exige inovação contínua tanto por parte dos indivíduos quanto das empresas. Considerando a rapidez com que as tendências tecnológicas mudam nesta era digital, é improvável que as empresas de tecnologia se preocupem que você esteja em uma curva de aprendizagem acentuada, na verdade, elas irão demandar que você busque constantemente conhecimento.
Em resumo, candidatar-se para vagas de empresas de tecnologia pode oferecer a você não só maiores chances de conseguir um emprego, mas potencialmente o ambiente de trabalho ideal para iniciar a sua carreira. Basta olhar para a VTEX, um dos mais novos unicórnios da tecnologia, e comprovar isso.
A VTEX é uma plataforma de ecommerce. Em outras palavras, ela oferece a infraestrutura e as ferramentas necessárias para que os varejistas possam vender produtos ou serviços on-line para que você, o consumidor final, possa comprá-los e aproveitá-los. Fundada no Brasil há vinte anos, a VTEX atende mais de 3.500 clientes espalhados por 45 países diferentes, incluindo marcas globais como Sony, Whirlpool, Coca-Cola, Samsung, Muji, e Stanley Black & Decker. Centenas de colaboradores, embora atualmente trabalhando remotamente, distribuídos em 16 escritórios em cidades como Londres, Nova Iorque, Barcelona e, mais recentemente, Singapura.
Para que uma operação tão complexa funcione corretamente, uma infinidade de funções internas é necessária. De fato, uma grande parte está relacionada à tecnologia. Um pequeno exército de engenheiros lida com tudo, desde integrações de pagamento (como a Klarna ou Samsung Pay) até integrações de marketplace (por exemplo, a Amazon). Outros estão promovendo a popularidade do comércio headless, ou garantindo que a arquitetura da plataforma seja escalável e estável o suficiente para suportar grandes eventos de varejo como a Black Friday, ou até mesmo inovando em ferramentas como um mecanismo de busca impulsionado por IA. Assim, se você realmente não entende de programação, há inúmeras oportunidades para construir o futuro do comércio com a VTEX e para impulsionar projetos únicos como um marketplace para produtos à base de cannabis, shopping centers on-line ou a digitalização de um gigante B2B. Da mesma forma, existem programas específicos de formação especializada e estágios para lhe ensinar mais, caso tenha interesse, independentemente de sua raça, sexualidade ou gênero. Quem disse que as mulheres não sabem codificar?
Mas não se preocupe se você não é especialista em programação! Uma máquina bem lubrificada como a VTEX também depende muito de outras especialidades. Por exemplo, as áreas de vendas e atendimento ao cliente são cruciais; de que outra forma a empresa ganharia e manteria os clientes ativos para continuar crescendo? Uma equipe financeira também é imprescindível, assim como a área jurídica, para todos os aspectos relativos à receita, compensação, impostos, fusões e aquisições e tudo mais. O RH também é de extrema importância, pois estão diretamente envolvidos na captação de talentos e satisfação dos colaboradores. Os profissionais de marketing são igualmente importantes porque detectam novas oportunidades e promovem a empresa com a ajuda de escritores e designers. Além disso, temos tradutores engajados em todos os processos, garantindo que públicos diversos sejam atingidos e incluídos na comunicação.
A lista de áreas se estende. No fundo, quanto mais a empresa cresce, mais diversidade ela precisará para prosperar, seja em funções, background, nacionalidades, idade, ou níveis de instrução.
O que unirá todos os colaboradores não é o conhecimento de alguma linguagem de programação de código aberto, mas sim o interesse pelo comércio digital, aliado à ousadia de construí-lo ativamente. Nossos escritores, por exemplo, não precisam saber o que uma linha específica de código faz, mas precisam entender sobre o que estão escrevendo, assim como nossos designers precisam entender os elementos que estão tentando ilustrar. Se todos se esforçam para se tornar especialistas de comércio digital, independente da sua experiência ao entrar na VTEX, nossas tarefas e objetivos serão melhor compreendidos por todos, acelerando assim a sua realização. Como uma empresa tecnológica em constante evolução, isso é realmente tudo o que podemos pedir.
Em maio, eu estava no meio do meu último projeto da faculdade do curso de Filosofia, Política e Economia e receava pelo fim porque minha vida pós-universidade ainda não estava resolvida e a pandemia só tinha tornado a perspectiva de conseguir um emprego ainda mais difícil. Mas então um dos meus colegas de classe postou no chat do grupo do nosso curso sobre um emprego na área de Marketing em uma empresa de tecnologia que eu não tinha ouvido falar antes, a VTEX.
Eu sabia que queria ingressar no Marketing e aprender mais sobre estratégia de marca e conteúdo, pois me fascinavam já há alguns anos, mas também sabia muito bem que não tinha nenhuma qualificação formal na área. Além disso, eu não tinha nenhum conhecimento específico sobre ecommerce, nem era capaz de lidar com nenhuma programação complexa de software. Por isso, pensei que as chances de eu conseguir a vaga seriam bastante baixas, mas, mesmo assim me candidatei; afinal, não custa tentar.
Para minha surpresa, fui selecionada. Tive cinco entrevistas (incluindo uma com o Co-CEO), um teste psicométrico e de redação, tudo isso enquanto terminava minhas responsabilidades acadêmicas.
Em nenhum momento durante todo o processo seletivo eu me senti em desvantagem por causa de minha formação acadêmica, pois a VTEX estava mais interessada em descobrir se eu queria aprender mais sobre ecommerce e marketing do que em já me eliminar por não ser uma especialista. E embora eu pudesse ter me considerado inferior ao cargo, a VTEX não o fez: a minha curiosidade e dedicação foram vistas como algo que, sem dúvida, traria valor para a empresa com a orientação e treinamento adequados. A VTEX oficializou esta confiança ao me contratar.
Embora esta abertura possa ser atípica para a maioria das empresas contratantes, logo se tornará uma prática comum, especialmente para empresas relacionadas à tecnologia. O mundo está mudando tão rápido que o que você aprendeu ontem pode já estar obsoleto amanhã. Não é o conhecimento em si que importa agora, mas a capacidade e a vontade de sempre adaptar-se e aprender ao longo do caminho.
Felizmente, a King’s College preparou muito bem a mim e aos seus outros sete ex-alunos, que também fazem parte da equipe VTEX de Londres, para esta carreira à prova do futuro. Independentemente de termos concluído o curso de Filosofia, Política e Economia, de Administração ou de Marketing, não temos medo de fazer perguntas, pensamos criticamente e buscamos conhecimento; somos ao mesmo tempo independentes e abertos ao trabalho em equipe, sempre dando o nosso melhor. É isso que nos permite escrever histórias sobre nossos clientes e produtos, entrevistar executivos de nível C, realizar análises, dar conselhos e ajudar a empresa a crescer.
Portanto, da próxima vez que você estiver procurando oportunidades de emprego, não descarte as empresas de tecnologia como a VTEX, elas o receberão de braços abertos, independente da sua formação, e terão sorte em tê-lo considerando-as para a sua carreira à prova do futuro.
Originalmente escrito para a King’s Business Review.