De acordo com a 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, há uma alta de 9% em relação a maio de 2015, quando esse número era de 151,5 milhões.


Em 2018, a projeção é que o número de smartphones ativos chegue a 236 milhões. No comércio eletrônico, a CNova por exemplo já possui mais de 30% do seu tráfego oriundo de mobile. Na VTEX, alguns clientes possuem mais de 55% dos visitantes e mais de 40% das vendas originados por celulares.


Avaliando esses dados fica fácil entender a relevância do mobile commerce para os negócios, uma vez que todos esses dispositivos representam consumidores em potencial. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), aproximadamente 30% das compras realizadas em lojas virtuais em 2016 serão feitas por meio de dispositivos móveis.


Que a sua empresa precisa ter uma estratégia mobile é indiscutível. Mas qual é a melhor forma de fazer isso? Existem três opções: criar um site móvel responsivo, um site dedicado ou desenvolver um aplicativo móvel.


Site responsivo


Ter um site responsivo significa que o seu e-commerce em desktop será adaptado ao mobile: layout e funcionalidades serão ajustadas para as telas de smartphones e tablets. Alguns conteúdos podem até não aparecer para smartphones, mas eles serão carregados normalmente pois o layout é único. Essa alternativa exige menos recursos, investimentos, e não demanda muito tempo de programação, uma vez que as plataformas desktop e mobile possuem similaridades e são necessários somente alguns ajustes e modificações (que normalmente não possuem um grau alto de complexidade).


A manutenção é simples, pois pode ser feita simultaneamente às atualizações do site. Já quando falamos sobre a experiência do usuário, ela pode ficar um pouco comprometida, pois depende de conexão constante com a internet e limita-se às funcionalidades já existentes na plataforma, reduzindo as possibilidades de customização e interação. Além disso, esse tipo de site pode demorar para carregar, o que diminui as taxas de conversão.


Site dedicado (M.)


Também conhecido como .M, pois costumam ser precedidos pela letra “m” ou pela palavra “mobile” em sua URL, não é apenas uma versão desktop que se ajusta ao mobile – um site responsivo é feito exclusivamente para o ambiente de dispositivos móveis.


Por exemplo, quando alguém acessar seu e-commerce pelo celular, será redirecionado ao site .M. Como esse site é desenvolvido exclusivamente para o smartphone, toda a estratégia desde conteúdos e funcionalidades são pensados para que esses dispositivos. Como ele é otimizado especialmente para telas pequenas, ele carrega rapidamente e os usuários navegam por ele com mais facilidade em seus smartphones e tablets. A criação e manutenção também são simples, já que é projetado para ser “pequeno” e por isso possui uma quantidade reduzida de códigos e arquivos.


A desvantagem do .M é que a sua empresa terá que cuidar de dois sites: desktop e mobile. Isso significa trabalho dobrado com arquitetura de informação, produção de conteúdo, design de interface e SEO.


Aplicativo


O investimento em um app é mais alto e demorado, pois é preciso desenvolver uma interface, totalmente nova, integrada ao sistema de comércio eletrônico e que funcione nos mais variados aparelhos. Como cada sistema operacional possui uma loja de aplicativos própria, é importante que o app esteja disponível para iOs, Android e Windows Phone. Além disso, aplicativos necessitam de atualizações e testes periódicos.


Contudo, a experiência do cliente tende a ser mais enriquecedora, uma vez que todas as features foram pensadas não somente para ele, mas também exclusivamente para o dispositivo que ele tem em mãos. Ainda, o usuário não precisa estar conectado à internet em tempo integral para interagir com a sua marca através de um app. Mas é importante ressaltar que é necessário um engajamento maior para baixar um aplicativo e mantê-lo instalado no aparelho do que para acessar um site, por exemplo.


É muito comum vermos lojas quererem iniciar suas operações com a terceira opção, os aplicativo. Porém, você deve pensar muito antes de tomar essa decisão.


Eu gero vantagem para o cliente ao fazer o download do aplicativo? Quais os diferenciais que o aplicativo irá entregar? Quanto eu terei que gastar para fazer propaganda desse aplicativo? Bom, então como decidir?Primeiro é preciso definir a verba existente para o investimento em mobile e os objetivos que a empresa deseja alcançar com a estratégia. Ter uma loja responsiva inicialmente é a melhor estratégia. Ela é rápida e fácil. A partir do momento que a loja amadurecer e tiver tráfego e vendas que justifiquem, você pode fazer a segunda opção, o M. Por fim, se você entender que consegue gerar um grande engajamento com o cliente a partir de um aplicativo, aí você poderá pensar nessa estratégia.