Toda loja virtual de sucesso possui um plano de marketing que contempla uma boa estratégia de SEM. Porém, de acordo com o tamanho da loja virtual, a dependência dos buscadores pode variar significativamente.


De acordo com estudo realizado pela VTEX e Semrush, o tráfego para lojas de grande porte oriundo dos buscadores representa em média 37% do volume total de visitas. Porém, quando analisamos lojas de pequeno porte, a dependência aumenta em 40%, ou seja, 52% do tráfego depende dos buscadores.


Já quando analisamos o tráfego direto, as lojas de grande porte chegam a gerar aproximadamente 20% a mais de tráfego proporcional ao seu total do que as lojas de pequeno porte. Enquanto para lojas de grande porte o tráfego representa 44% do total, para as pequenas, representa 36%.


O estudo ainda mostrou que quando falamos de marcas de moda ou indústria, a proporção do acesso direto pode ser ainda maior. Das lojas que possuem mais de 60% do tráfego gerado diretamente no seu domínio principal, quase 80% são marcas reconhecidas ou possuem presença de loja física.


Para Rafael Campos, sócio diretor da VTEX


“As lojas virtuais de pequeno e médio que não possuem força de marca são mais dependentes dos buscadores, tanto orgânico quanto pago, pois precisam investir mais fortemente em estágios iniciais do processo de decisão.”


Em geral, o mês de abril apresentou melhores números para as lojas de grande porte. O tráfego de acesso direto foi o maior na série analisada, quase 50% enquanto o tráfego de buscadores foi o menor, 32%


Considerando que o tráfego total gerado pelas lojas de grande porte cresceram de janeiro até abril 4%, podemos inferir que o mercado começa a dar sinais de melhorias, com os consumidores voltando a acessar suas lojas preferidas.


Porém, o cenário não se mostrou muito favorável para os outros tamanhos de lojas virtuais. Enquanto para pequenas lojas o tráfego médio reduziu 7.5%, para as lojas medianas o redução foi ainda maior, de 17%.


“Com o crescimento do marketplace e aumento do custo de mídia, é natural que observamos os acessos se concentraram com o grande varejo, marcas e indústrias.”


Complementa Campos a respeito da variação do tráfego.


Um outro ponto importante sobre o tráfego é que somente 105 lojas, ou 20% do total, apresentaram crescimento de tráfego acima do crescimento esperado. O pior resultado foi entre lojas de médio porte, onde 87% apresentaram crescimento abaixo do esperado para o ano.


“Podemos notar que é mais difícil uma loja de médio porte crescer pois ela já alcançou volume considerável de tráfego, mas possui verba limitada para investimento seja em produtos ou em mídia.”


Cita campos.


Quando falamos de tráfego referenciado, aqueles que a origem vem de outros sites, ele se torna mais representativo quando falamos de grandes lojas. Em média, aproximadamente 14% de grandes lojas possuem tráfego referenciado, enquanto para médio e pequeno porte, a média é 60% menor, ou seja 8%.


Já as redes sociais ainda possuem baixa representatividade na origem do tráfego. Na média, as redes sociais representam 4% do tráfego das lojas virtuais, sendo que menos de 10% das lojas apresentaram 10% ou mais do tráfego oriundos de redes sociais.


Adicionalmente, de todas as lojas analisadas, aproximadamente 10% das lojas apresentaram percentuais de tráfego de social acima e 10%. Menos 3% apresentaram volume de tráfego acima de 20%.


O estudo contou com a análise de tráfego feita com mais de 500 lojas virtuais de todos os setores e tamanho no Brasil. Utilizando a ferramenta Semrush e o conhecimento da VTEX de mais de 17 anos de mercado, foram analisadas as origens das lojas nos 4 primeiros meses do ano de 2017.