Para o empreendedor, os setores de Recursos Humanos precisam se adaptar aos diferentes formatos e perfis que surgem a partir do mercado de trabalho globalizado
Na quinta-feira, 05 de agosto, o VTEX Connect, evento voltado para o futuro do comércio digital, tendências e oportunidades, recebeu como convidado especial Steve Blank. Pai do empreendedorismo moderno, a lenda do Vale do Silício participou da criação de 8 startups nos últimos 20 anos. Atualmente, é professor de empreendedorismo na Universidade de Stanford.
Em conversa informal com o co-fundador e co-CEO da VTEX, Mariano Gomide, Blank comentou sobre inovação nas empresas na atualidade, abordou o novo mercado de trabalho após as mudanças decorrentes da pandemia de Covid-19, além de trazer importantes reflexões sobre retenção de talentos no ramo da tecnologia.
No último artigo da série sobre este evento, trazemos as percepções de Steve Blank sobre a globalização de talentos acelerada pela pandemia de Covid-19 e como as empresas precisam se adaptar ao que chamou de “novas classes profissionais”.
“Nas empresas de tecnologia, os programadores vivem em países diferentes, com culturas distintas, mas falam a mesma língua: a programação. Sempre tivemos divisões internacionais nas empresas, mas agora, pela primeira vez, essas áreas se conectam com tanta facilidade.”
Steve Blank, empreendedor e professor adjunto da Universidade de Stanford
Nesse sentido, Mariano Gomide trouxe a provocação: “E nesse mercado sem fronteiras e cada vez mais multicultural, como as empresas de tecnologia mantêm os grandes talentos?” De acordo com Blank, é preciso encontrar uma missão em comum.
“É importante que a empresa tenha clara a sua missão e atraia pessoas do mundo todo que não só querem trabalhar para essa empresa, mas para essa missão em comum.”
Steve Blank, empreendedor e professor adjunto da Universidade de Stanford
Contudo, o empreendedor destaca que com a globalização do mercado de trabalho, existe, hoje, a formação de classes profissionais. Para Blank, existem sim muitas pessoas que serão movidas pela missão da empresa. Entretanto, ele alerta que muitas outras são orientadas por projetos: o executam e depois buscam um novo desafio. Assim como existem as pessoas que são orientadas apenas pelo dinheiro e crescimento pessoal.
“Alguns vão querer uma relação longa com a empresa, outros com a missão, outros com apenas um projeto, outros com o dinheiro e crescimento pessoal. E tudo bem. Trata-se de um mundo novo para os setores de Recursos Humanos, que sempre tiveram a mesma forma de contratar pessoas.”
Steve Blank, empreendedor e professor adjunto da Universidade de Stanford
Dessa forma, Blank destaca a importância de compreender qual o modelo de trabalho que faz sentido para cada perfil profissional e salienta que as empresas que souberem abraçar essa diversidade da globalização do mercado e extrair o melhor disso terão vantagem competitiva.
Blank comentou, também, sobre a importância de programas de educação para formar talentos em tecnologia diante da volatilidade e dinamismo da globalização do mercado. Nesse sentido, Mariano Gomide finalizou apresentando para o convidado o DCS – Digital Commerce Specialist, programa de trainee da VTEX voltado para formação em 360° de experts em comércio digital.
“Em tecnologia, hoje, mais do que buscar ou gerenciar talentos, precisamos criá-los.”
Mariano Gomide, co-fundador e co-CEO da VTEX
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