O novo coronavírus colocou o mundo em uma situação sem precedentes, que até então não havíamos testemunhado em nossa geração. Obviamente, vimos outros surtos, como SARS, MERS e H1N1. E resistimos à crise do mercado de hipotecas subprime de 2008 nos EUA, que acabou levando a um colapso bancário internacional e que foi considerada a pior crise financeira desde a Grande Depressão.
Nenhum dos outros surtos, porém, afetou o mundo na mesma medida que a Covid-19. Sua rápida disseminação forçou os governos a impor medidas de quarentena que devem atingir a economia global com a mesma intensidade do pós-Segunda Guerra Mundial.
O mundo será completamente diferente quando essa pandemia terminar. O desafio é nos adaptar com rapidez a viver e fazer negócios nessa nova realidade, a partir de agora.
No Reino Unido, varejistas como Next, River Island e TK Maxx encerraram suas operações on-line e fecharam armazéns e centros de distribuição devido a preocupações com a saúde de seus funcionários. Por outro lado, as vendas de alimentos pela internet na VTEX aumentaram 357%, comparando a terceira semana de março com a mesma semana de fevereiro.
Essa mudança no comportamento do consumidor traz oportunidades para alguns varejistas, mas também expõe problemas de infraestrutura e fluxo de trabalho. As lojas on-line que não foram implementadas em uma infraestrutura multitenant baseada em nuvem podem enfrentar instabilidades. Foi o que aconteceu com o supermercado on-line Ocado, do Reino Unido, em 13 de março. Os clientes que conseguiram evitar as quedas sofridas pelo site e pelo aplicativo só conseguiram agendar entregas para a semana seguinte.
Em um relatório recente, a IDC afirma que em tempos como esses, todos os sistemas da empresa – incluindo ERP, compras, fabricação, financeiro e cadeia de suprimentos – precisam ser robustos o suficiente para lidar com novas estratégias e comportamentos.
Mais do que nunca, a capacidade de responder rapidamente à crise será o teste decisivo para pessoas e empresas. A agilidade na execução das ações necessárias para mitigar riscos – reduzindo assim o impacto negativo em sua operação – será decisiva para a sobrevivência do seu negócio. Aqui, compartilhamos como alguns dos nossos clientes ao redor do mundo estão respondendo a esse desafio.
A marca de moda romena Miniprix atribui 75% de seu faturamento a lojas físicas. Ao ver suas vendas diminuindo devido à pandemia de Covid-19, a empresa reagiu rapidamente e lançou o Minimarket em pouco mais de uma semana, oferecendo produtos domésticos e não perecíveis.
O feedback do cliente determina os produtos que são oferecidos no mercado on-line recém-lançado. Recentemente, a Miniprix ampliou sua oferta para incluir ingredientes frescos – disponíveis para os residentes de Bucareste – e caixas de produtos variados, obtidas diretamente de agricultores locais. Com os resultados alcançados, a Miniprix agora planeja transformar o Minimarket em uma unidade de negócios independente.
Com a maioria das pessoas praticando distanciamento social e escritórios fechando em toda a Europa, as empresas romenas F64 e Dacris – um varejista de equipamentos de foto e vídeo e uma loja B2B de material de escritório, respectivamente – se uniram para atender às novas demandas dos clientes relacionadas ao trabalho remoto.
Usando a plataforma Marketplace da VTEX, a F64 começou a vender equipamentos de escritório em seu site, com pedidos atendidos pela Dacris. Ao mesmo tempo, a Dacris está se integrando ao estoque da F64 para vender câmeras, microfones e equipamentos de home studio para videoconferência.
Na Colômbia, o gigante de hipermercados Grupo Exito está usando os recursos da plataforma Marketplace da VTEX para conectar-se a mais de 1.000 varejistas. Essa é uma das maneiras de aumentar o estoque e as linhas de produtos, permitindo ao mesmo tempo que pequenos comerciantes alcancem novos públicos.
Essas empresas não estão sozinhas. Dados da VTEX, reunidos de todos os marketplaces da plataforma, mostram que essa estratégia está em alta. Registramos mais de 92.000 pedidos de 1º a 22 de março, em comparação com cerca de 50.000 pedidos em fevereiro.
No Brasil, uma das ações tomadas por governos locais foi o fechamento de lojas físicas – com exceção de supermercados, pet shops e drogarias – e shopping centers. Isso afetou a varejista de brinquedos RiHappy, que depende muito das operações de lojas físicas e omnichannel.
Ao agir com rapidez, a marca conseguiu adaptar suas lojas para que se transformassem em centros de distribuição, aumentando o envio de produtos a partir das lojas e diminuindo o tempo de entrega. Também permitiu um gerenciamento de estoque mais sustentável, reduzindo a falta de itens do catálogo de e-commerce.
Esses são apenas alguns exemplos de como os varejistas redirecionaram seus modelos de negócios em resposta às novas demandas geradas pela pandemia. Aqui na VTEX, estamos dando suporte total aos nossos clientes de todas as maneiras possíveis. E aprendemos muito com os nossos clientes em todo o mundo.
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(IDC, Pandemics Increase the Need for Digital Enterprise, março de 2020)