Conheça os novos desafios, estratégias acertadas e as tendências que vieram para ficar no varejo online
Sabemos que a pandemia trouxe o foco do varejo para o digital, reforçando a necessidade de os lojistas investirem para que as pessoas pudessem fazer compras quando, como e onde quisessem.
Se antes da pandemia, o mercado de ecommerce enfrentava barreiras de desconfiança dos consumidores quanto a questões de segurança, hoje, 63% dos compradores afirmaram ter ganhado o hábito de comprar online durante o período e 79% destes pretendem manter, segundo pesquisa do Google.
Assistimos, em poucos meses, um canal que ainda brigava por espaço dentro de grandes companhias, se tornando o grande protagonista. Durante a pandemia, o ecommerce foi, em muitos momentos, a única alternativa para que negócios dos mais variados segmentos pudessem seguir operando e gerando receita.
O digital deixou a disputa por reconhecimento como um canal de vendas, para se consolidar como unidade de negócio integradora e relevante no faturamento de grandes empresas. É o que as pesquisas comprovam: segundo o Ebit, o ecommerce faturou R$53 bi no 1º semestre de 2021, com crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento exponencial nem considera ainda o segundo semestre, que é sempre mais aquecido e com a presença marcante da Black Friday.
Durante a pandemia, os sites passaram a ser a grande fonte de informação. Não apenas vendem, mas também apoiam, informam e tranquilizam os consumidores o tempo inteiro. As pessoas precisaram aprender a consumir online e, rapidamente, se tornaram e-shoppers exigentes e conectados.
Conforme observamos o fim das medidas de isolamento social e o retorno do fluxo nas lojas físicas se normalizando, percebemos que muitas mudanças e tendências trazidas pela pandemia para o varejo vieram para ficar. Estratégias que integram o mundo físico ao digital já são uma exigência dos consumidores e as empresas que conseguirem oferecer experiências de compra agradáveis e sem atrito, terão destaque.
A seguir, abordo uma série de estratégias acertadas na pandemia e que, se bem trabalhadas, podem seguir trazendo resultados positivos para o seu negócio.
Uma estratégia omnichannel de sucesso não se baseia em abrir novos canais de venda, e sim em integrar os diferentes canais oferecendo aos clientes a mesma experiência de compra em todos eles. A omnicanalidade coloca o cliente no centro da estratégia, trazendo comodidade ao ampliar o leque de opções de frete e reduzindo prazos e custos.
É importante, claro, ficar atento a alguns detalhes na operação. Ao integrar o estoque de lojas físicas ao ecommerce, é preciso mapear cuidadosamente a área de atuação e capacidade operacional de cada uma delas. Dessa forma, identificando os pontos que serão pickup in store ou ship from store e os que terão as duas modalidades. Além disso, é preciso preparar os times de loja física, que possuem uma rotina diferente da de um Centro de Distribuição, para a dinâmica de fullfilment.
Quando falamos de marketplace é importante destacar que existem duas opções para embarcar nessa estratégia. Você pode se tornar um marketplace in e receber sellers em seu ecommerce, o que aumenta o sortimento de produtos, e consequentemente, atrai mais tráfego. Esse é um importante recurso para aumentar o ticket médio e melhorar a conversão.
Contudo, você pode optar pela estratégia de marketplace out, sendo um seller e se conectando a marketplaces de mercado, os grandes geradores de tráfego e pedidos. Nessa estratégia é importante revisitar constantemente o plano de distribuição de sortimento entre 1P e 3P. Além das margens de venda de 1P e comissões de 3P.
É fundamental, também, o cuidado para manter o nível de serviço de todos os players que fazem o fullfilment do produto até o cliente, que não pode sentir impacto no atendimento.
A VTEX é conhecida por sua estrutura nativa de marketplace, em que o cliente pode ser seller, um próprio marketplace ou até mesmo fazer um mix de tudo isso com o marketplace recursivo.
APPs são uma importante estratégia para reduzir fricção ao longo da jornada de compra. Se considerarmos que cada vez mais pessoas fazem sua primeira compra online durante a pandemia, é mais importante do que nunca entregar uma boa primeira experiência.
Nesse sentido, é importante ir além do UX, entendendo e otimizando a experiência durante toda jornada. O cliente precisa encontrar facilmente os canais de atendimento, ter a informação sobre a entrega atualizada e uma boa política de troca de devolução.
Nesse aspecto, as possibilidades são muitas: app nativo, PWA, Webview. Em todas elas a VTEX tem todos os recursos para apoiar e otimizar a jornada!
O conversational commerce foi mais uma tendência em ascensão ao longo da pandemia. Como estratégia para manter o relacionamento com os clientes e oferecer um atendimento digital humanizado, muitas marcas investiram em interações pelo Whatsapp e social selling. Grande parte da força de vendas das lojas físicas foi canalizada para esses recursos. A Suiteshare, adquirida pela VTEX em 2021, é uma plataforma que eleva o nível da comunicação entre marcas e consumidores através do WhatsApp.
Em relação a personalização da comunicação com o cliente no digital, vale mencionar também as Live Commerce, que estouraram como tendência em alguns segmentos ao longo da pandemia. Buscando replicar a experiência da loja física no digital, diversas marcas obtiveram sucesso com a estratégia, que possui relevante impacto na conversão com ferramentas que permitem o checkout sem que o cliente precise sair da live. E a tendência é global: na China, por exemplo, 62% dos e-shoppers testaram o live-streaming.
Com a necessidade de compra e escassez de matéria prima para muitos produtos, os consumidores brasileiros passaram a comprar mais produtos importados, sobretudo vindos da Ásia. Liderado por AliExpress e Shoppe, o mercado de cross border teve exponencial crescimento no período da pandemia.
A China, país que liderou esse crescimento, é o maior mercado digital do mundo. Nele, o consumidor brasileiro encontra preços menores, maior variedade de produtos, tecnologias avançadas, logística eficiente e soluções locais de pagamento.
De acordo com dados do ICP 2021, o crescimento e consolidação do cross border já é uma realidade: 73% dos e-shoppers já compraram em um site ou app internacional.
Diante de um mercado veloz e dinâmico e de uma pandemia que transformou o varejo, as empresas precisaram se reinventar, se tornando, também, formadoras de talentos. O mercado de tecnologia que já era concorrido e enfrentava escassez de profissionais qualificados, agora tem a concorrência do full home office.
Hoje, um desenvolvedor pode trabalhar do Brasil para qualquer região do mundo, que oferece recompensa em dólar ou euro, tornando a competição ainda mais acirrada. É por isso que as empresas precisam ser agentes da transformação, promovendo iniciativas educacionais e formadoras de talentos.
Na VTEX, nossa estratégia de hiring vai além do employer branding e divulgação das vagas, nós temos programas de formação de talentos com impacto social de capacitação como Hiring Coders e Tetrix.
Diante de uma pandemia que trouxe, sobretudo, mudanças, adaptação é a palavra. No caso do Brasil, precisamos considerar, também, as restrições econômicas. Grande parte dos brasileiros estão economizando e mais cautelosos nas decisões de compra.
Aposte em inovação, tecnologia e estratégia no digital. Otimize o preço do frete e invista na qualidade de seus produtos. Contudo, não esqueça que o principal influenciador de compra dos brasileiros segue sendo o preço!