O novo meio de pagamento instantâneo do Banco Central, o Pix, entrou em vigor dia 16 de novembro. Muitas foram as especulações sobre a aderência à nova modalidade de pagamento e sobre o real impacto que traria ao mercado.
A verdade é que os primeiros resultados são promissores.
Apesar do longo caminho que ainda precisa ser percorrido – tanto pelo comércio quanto pelos próprios consumidores – o Pix já apresenta fortes indicativos de que veio para ficar.
Quer conhecer os benefícios do Pix? Acesse nosso artigo sobre as cinco ineficiências operacionais que o Pix promete eliminar do ecommerce.
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12 milhões de transações e 9,3 bilhões de reais transacionados. Esse foi o resultado da primeira semana de operação do Pix, segundo dados do Banco Central.
No dia 03 de dezembro o número de transações pulou para 43 milhões, 37% acima do que a tendência de crescimento indicava na primeira semana.
Considerando que muitos varejistas/lojistas ainda estão no processo de adaptação e implementação do Pix, a tendência é que a curva de maturidade do novo meio de pagamento seja alcançada em 2021, quando o comércio aderir em peso à nova modalidade.
Em pesquisa encomendada pelo C6 Bank ao IBOPEdtm, 92% das pessoas atestaram conhecer o novo meio de pagamento. Ainda assim, um terço desses participantes respondeu que a decisão de usar a nova modalidade iria ocorrer à medida que obtivessem mais informações sobre o novo sistema.
Hoje, quase um mês após o lançamento do Pix, os resultados encorajam o comércio digital.
A maioria das transações efetuadas nos primeiros dias de operação do Pix foram entre pessoas físicas, segundo dados do Banco Central. Isso porque o comércio continua em processo de adaptação à nova modalidade.
A fim de analisar o impacto diretamente no ecommerce, fizemos um estudo com as transações de nossos mais de 200 clientes que já operam com o Pix.
Os dados consideram todas as transações via Pix registradas na plataforma VTEX entre os dias 16 de novembro (lançamento do Pix) e 06 de dezembro (pós Black Friday).
Muitas foram as especulações sobre os volumes que seriam transacionados via Pix. Isso porque ele vem como uma modalidade de pagamento à vista, sem a possibilidade de parcelamento.
No período analisado, o ticket médio das compras via Pix na plataforma VTEX ficou em R$ 134,48.
Uma tendência é que o Pix desbanque o querido boleto em transações com ticket médio mais baixo, já que traz uma experiência muito mais amigável. A título de comparação, analisamos o ticket médio dos pagamentos via boleto durante o mesmo período e chegamos no valor de R$ 484,33.
Obviamente precisamos levar em consideração que o novo meio de pagamento foi lançado há apenas um mês. Dessa forma, a curva de aprendizado dos próximos meses deve levar a um aumento notório desse ticket médio.
Já os cartões de crédito, prometem continuar na mão e no coração dos brasileiros, considerando que oferecem condições diferenciadas de parcelamento.
Ainda, apesar de 56% de todas as transações terem sido entre R$ 100,00 e R$ 499,00, nossa plataforma também processou uma transação de R$ 15.386,00. Uma exceção, mas que ilustra como a modalidade está preparada para operar transações mais altas.
Estendendo a análise do volume transacionado via Pix, vemos que 88,3% de todas as transações foram até R$ 499,99. Ao que tudo indica, o Pix chega principalmente como uma opção para setores que tem carrinhos com ticket médio mais baixo.
É importante lembrar, porém, que essa análise leva em consideração as três primeiras semanas de uso da nova modalidade. À medida que a maturidade em relação ao Pix aumentar, é possível que os valores transacionados também cresçam.
Por se tratar de uma nova modalidade, é justo dizer que os consumidores ainda estão testando a nova experiência.
Uma das grandes vantagens do Pix é a liquidação imediata dos valores em conta. Os benefícios para o comércio são vários:
Segundo dados VTEX, 97% de todas as transações via Pix foram aprovadas em até 5 minutos.
É aqui que podemos estender a discussão sobre os diferenciais do Pix em relação ao boleto. No caso do segundo, além de demorar até dois ou três dias para ter o pagamento compensado, mais da metade dos boletos gerados nunca são pagos. Esse comportamento já conhecido ocasiona altos custos operacionais e sequestro de estoque, prejudicando toda a operação.
A tendência é acompanharmos uma diminuição gradual no uso do boleto; mas vale salientar que esse será um processo longo, de acordo com a curva de maturidade do Pix.
A Black Friday foi a primeira prova de fogo do Pix.
A verdade é que muitos varejistas ainda não estavam preparados para aceitar o novo meio de pagamento já que sua data de lançamento ficou próxima do dia mais importante do varejo.
Mesmo assim, o número de transações entre os dias 25 e 29 representou 50% de todas as transações processadas via Pix no período analisado (16/11/2020 – 06/12/2020). Além disso, a sexta da Black Friday (27) registrou o maior número de transações do período.
Uma tendência importante que notamos na pós Black Friday foi que o número de transações e volume transacionado tiveram um crescimento considerável em relação à pré Black Friday.
Potencialmente, a data serviu como um importante marco de adoção da nova modalidade.
A curva de aprendizado do Pix deve ser alcançada em 2021. É certo que o comércio ainda tem um longo caminho a percorrer, mas os primeiros números já encorajam.
Uma vez que os varejistas aderirem em massa à nova modalidade, oferecendo vantagens e condições especiais para os consumidores, o Pix deve ser cravado como o segundo meio de pagamento preferido dos brasileiros.
Agora é o momento de se preparar e oferecer melhores condições para os clientes.
Se você já usa a plataforma VTEX e quer usufruir de todas essas vantagens, acesse nossa página sobre o Pix e aprenda como configurar o Pix na sua loja VTEX.