O crescimento do segmento de e-commerce no Brasil é um fato. Já há alguns anos o Brasil tem se provado um país de peso e representatividade no comércio eletrônico da América Latina.
Atualmente, o brasileiro está muito mais adaptado à tecnologia e se sente mais seguro em realizar suas compras pela internet. Por esse e outros motivos, muitas empresas estão utilizando canais digitais para vender seus produtos ou até mesmo criando companhias totalmente voltadas para as operações virtuais.
Neste artigo, vamos apresentar um panorama sobre o mercado de e-commerce no Brasil e falar um pouco do que se espera para um futuro próximo. Confira!
O setor de e-commerce no país apresentou crescimento acelerado no faturamento entre os anos de 2001 a 2015 ,como informa o site do Sebrae. Durante o ano de 2015, foram feitos 106,2 milhões de pedidos em lojas virtuais por 39,1 milhões de consumidores.
Segundo empresa especializada em dados do comércio eletrônico, a Ebit, o ano de 2015 apresentou crescimento de 15,3% em relação a 2014, quando R$ 35,8 bilhões foram movimentados. O ano de 2014 também já havia apresentado aumento de 24% em comparação a 2013, cujo montante referente às movimentações foi de R$ 28,8 bilhões.
De acordo com a Ebit, no ano de 2016, mesmo com a crise, o setor apresentou crescimento nominal de 7,4% em relação ao ano anterior, fechando em R$ 44 bilhões em faturamento.
Update: Em 2017, segundo a Ebit, o faturamento cresceu 8%, o volume de pedidos aumentou 5% e a quantidade e-consumidores rompeu a barreira dos 55 milhões.
O varejo online experimentou uma redução nas vendas por conta da nova classe C, a qual foi essencial no crescimento do setor, mas que, em função da crise econômica nos últimos 4 anos, perdeu representatividade nas compras virtuais. Por outro lado, consumidores de alto poder aquisitivo aumentaram sua participação nas transações online, aumentando a média de gastos.
Ou seja, apesar da diminuição no número de consumidores da classe C, os usuários com maior poder de compra aumentaram o ticket em 12%, não comprometendo o crescimento do faturamento.
Atualmente, o faturamento do e-commerce brasileiro está em R$ 47,1 bilhões, representando 2,8% na participação do varejo no país, segundo o instituto de pesquisa Forrester.
O brasileiro está mais conectado, o acesso à tecnologia está mais barato e, por conta disso, os costumes e hábitos de compra estão cada dia mais virtuais.
Apesar de ainda existir uma preferência geral por comprar em lojas físicas, os números do e-commerce não mentem — o setor está crescendo. Se considerarmos que o hábito de compras pela internet é de certa forma novo no Brasil, percebemos um rápido desenvolvimento em comparação com outros países.
Alguns fatores que contribuem para o sucesso do e-commerce no Brasil são:
Em comparação com o comércio eletrônico em toda a América Latina, as pesquisas apontam um domínio do e-commerce brasileiro. Os dados divergem entre 60% e 75% do share nessa região, com ampla vantagem para o México, segundo maior mercado, com estimativa de 8,5% de representatividade até 2017.
No e-commerce, o B2B (Business to Business) funciona quando são realizadas transações comerciais por meio de uma plataforma digital entre duas empresas, ou seja, de um negócio (business) para outro negócio (business).
Resumindo, é uma forma para indústrias, distribuidoras e outros tipos de organização comercializarem eletronicamente seus produtos e serviços entre si. De acordo com pesquisa da Forrester estima-se que 30% das compras corporativas já sejam feitas utilizando-se plataformas digitais. A previsão é que em três anos esse número aumente para 56%.
Espera-se, segundo a pesquisa, que o Brasil, a Argentina e o México cresçam 135%, saltando o valor de receita atual de US$ 20 bilhões para US$ 47 bilhões.
Outro ponto interessante é que, nas previsões do Gartner, de 2015 a 2020 o B2B terá um crescimento de 15%, ultrapassando o comércio B2C (Business to Consumer) nas vendas online.
Os gastos com tecnologia, sistemas, infraestrutura e serviços também crescem mais rápido que no setor B2C. Ainda segundo a pesquisa, a estimativa é que o mercado de e-commerce B2C valha US$ 480 bilhões em 2020 e o B2B chegue a US$ 1.1 trilhão no mesmo ano.
De acordo com projeções feitas pelo instituto de pesquisa Forrester, em estudo solicitado pelo Google para analisar o mercado de e-commerce no Brasil, até o ano de 2021 o comércio eletrônico vai dobrar sua participação no varejo brasileiro e crescer em média 12,4% ao ano.
Ainda segundo o levantamento, esse bom desempenho do setor acontecerá em razão da diversificação no tipo de compras, a qual vamos explicar a seguir.
Se hoje esse mercado é dominado por livros e artigos eletrônicos, a expectativa é de que haja um desenvolvimento em setores como roupas, alimentação, beleza e calçados, que serão mais procurados a partir do próximo ano. A projeção do Google é que, em 2018, aproximadamente uma de cada quatro vendas realizadas pela internet seja desses segmentos. A porcentagem esperada para o setor de roupas, alimentação e beleza é de 25% do total de compras — atualmente a representatividade está em 11%.
Esse aumento de participação desses itens leva o Brasil para a chamada “quarta fase” do e-commerce, a de aquisição frequente de bens subjetivos. Exemplos: beleza e moda. Entretanto, livros e eletrônicos ainda se mantém com o domínio nas vendas, representando 52%.
Um fator que contribuirá para o aumento em geral das vendas no setor é o crescimento no número de usuários na internet. Atualmente, 60% da população está conectada à internet, o que representa aproximadamente 124 milhões de pessoas. Esse número salta para 151 milhões de internautas até 2021, atingindo 71% das pessoas em todo o país.
Em 2018, outros fatores que propõem uma visão mais otimista em relação às vendas no comércio eletrônico são a Copa do Mundo, especialmente no primeiro semestre, e o cenário econômico mais estabilizado após as crises dos últimos anos.
O e-commerce no Brasil desfruta de um bom momento, e os mercados B2B e B2C apresentam crescimento nas vendas online. Além disso, segundo as pesquisas e projeções, o setor tende a melhorar e aumentar tanto o faturamento quanto o volume de vendas nos próximos anos. As empresas que investem no setor devem estar preparadas para aproveitar essa oportunidade de desenvolvimento e expansão. Investir em tecnologia de ponta, sistemas inteligentes e diferenciar-se pelo atendimento e pelo bom relacionamento com o cliente são alguns dos fatores que contarão como vantagem competitiva na área.
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