Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix tem facilitado as transações financeiras, tanto entre pessoas físicas quanto para varejistas, que viram o potencial que ele tem por ser um meio de pagamento instantâneo.
De acordo com um artigo do Mercado Pago, a economia em oferecer o Pix, pode chegar a até 80% em taxas, quando comparado ao boleto bancário e ao cartão de crédito. Além disso, as próprias taxas de aprovação do Pix em comparação ao boleto bancário são 50% maiores.
Do lado do consumidor, o pedido feito online é aprovado de forma rápida, o que diminui o tempo de espera para receber o produto. Do lado do varejista, o recebimento do valor é imediato, o custo da transação é menor comparado a outros meios de pagamento e a conversão do cliente ao finalizar a compra é maior.
Além disso, diferentemente do boleto bancário, o Pix não reserva o estoque do lojista, o que evita a prática de “boletar”, que ocorre quando os pedidos são gerados no boleto e não são pagos pelo consumidor. Esta ação gera uma reserva de estoque desnecessária que pode impedir uma venda com outro meio de pagamento, que, por fim, acaba gerando uma ineficiência na operação.
No mês de novembro de 2021, o Banco Central do Brasil divulgou uma mudança na regulamentação do PIX que estabeleceu um limite de valor de R$1.000,00 entre o período de 22h e 6h da manhã. Com essa mudança, negócios cujos produtos ou serviços possuem um ticket médio maior do que o valor limite, podem vir a ter um impacto negativo em vendas durante o período de restrição. Os usuários têm a possibilidade de alterar esse limite, mas somente mediante uma solicitação ao banco que, por sua vez, tem entre 24 e 48 horas para efetivar a alteração.
Essa nova regra afeta majoritariamente os negócios online que, diferente das lojas físicas, não fecham suas portas durante a madrugada. Para o consumidor, pode ser uma experiência frustrante fazer todo o processo de fluxo de compra para somente no redirecionamento ao aplicativo do banco descobrir que a compra não pode ser finalizada por uma limitação do valor da transação. Para o negócio, pode trazer prejuízo, visto que o consumidor pode não querer refazer a compra após uma experiência ruim com a marca.
Sendo assim, para os gerentes de ecommerce de lojas cujo ticket médio é maior do que o valor limite torna-se necessária a existência de formas alternativas para continuar vendendo seus produtos e serviços com o Pix como meio de pagamento durante o período de restrição.
Para algumas das estratégias mencionadas, vale ressaltar que é fundamental que a plataforma de ecommerce tenha a viabilidade tecnológica para que elas sejam executadas.
Em suma, apesar de seu pouco tempo de existência o Pix já é amplamente utilizado e possui diversas vantagens, tanto para o consumidor final quanto para o recebedor, seja ele uma pessoa física ou um varejista. No entanto, em um mercado tão dinâmico e acelerado como o do comércio digital, é sempre importante ter atenção às mudanças de regras que podem afetar o funcionamento do negócio fazendo com que o plano de ação seja posto em prática o mais rápido possível.