Qual o segredo do sucesso de um e-commerce? Seria fácil abrir uma loja virtual se a resposta fosse simples, mas existe uma questão importante: escolher a plataforma de e-commerce certa.


Toda a operação dependerá desse tópico. A exibição dos produtos, o controle de estoque, as vendas, os pagamentos, as promoções, entre outras atividades. Qualquer erro na escolha poderá comprometer os resultados da loja.


O que é uma plataforma de e-commerce?


Em geral, existem diversos motivos para trocar de plataforma, mas sempre teremos em mente que o objetivo principal da plataforma de e-commerce é ser agente de marketing, aumentar as vendas e diminuir os custos.


Dependendo da maturidade do negócio, o conceito pode sofrer alterações. Por exemplo, para uma loja iniciante, ser um agente de marketing significa subir a loja no menor tempo possível, portanto, a plataforma deve ser simples.


Para lojas de maior porte, ser um agente de marketing pode significar o aumento da conversão, o ROI (retorno sobre investimento), o life-time-value, consequentemente, aumentando a rentabilidade do canal.


Procuramos por funcionalidades e características específicas de acordo com o caso. Não se deve ter receio de escolher uma plataforma e, em 12 meses, ter a necessidade de trocá-la. O processo de migração é natural na evolução da loja. Temos que buscar a solução correta para cada momento do e-commerce.


A plataforma de e-commerce varia conforme o negócio e não é possível afirmar se essa ou aquela é a melhor para todo o mercado. É como um carro: primeiro se conhece o perfil do comprador para depois decidir pela melhor opção. Mas, com o passar do tempo, esse perfil pode mudar.


Responsabilidade da plataforma de e-commerce


Toda plataforma de e-commerce oferece essas duas estruturas, que são chamadas, respectivamente, de front-end(interface da loja com o consumidor) e back-end (interface da loja com o administrador).


Quando falamos de front-end, estamos falando de tudo que está à mostra para o cliente. O layout, os banners, os produtos, o conteúdo… Tudo isso pode ser navegado pelo cliente.


Já o back-end, como o próprio nome sugere, é tudo aquilo que está por trás do sistema, ou seja, o painel administrativo. Através dele, configuramos regras para que o front-end possa apresentar uma solução ao cliente.


Por exemplo, quando cadastramos as fotos e atributos de um produto, trabalhamos diretamente no back-end, assim como quando estamos vendo quais foram os pedidos realizados em um determinado dia.


Por outro lado, como será a página de produto, os elementos e a distribuição do conteúdo? Então, estamos falando exclusivamente de front-end, ou seja, como essa configuração é apresentada ao cliente.


Diferença entre Sistema ERP e plataforma de e-commerce


Muitas vezes os gestores acabam confundindo os dois sistemas, mas eles são totalmente diferentes tanto nas funcionalidades quanto na característica de desenvolvimento como sistema.


Uma plataforma, como dito anteriormente, é um agente de marketing. Então tudo que está relacionado à chegada do cliente na loja até o fechamento do pedido pode ser considerada responsabilidade dessa plataforma. Vejamos alguns exemplos:



  • Criação do layout e usabilidade da loja virtual;

  • Regras de promoções;

  • Funcionalidades para atração de tráfego como XML e SEO;

  • Sistema de buscas;

  • Recomendações de produtos complementares e suplementares;

  • Checkout e integração com meios de pagamento.


Já o sistema de ERP é responsável pela gestão da loja virtual. A partir de um pedido realizado pela plataforma de e-commerce, ele entra em ação para ajudar a tornar a operação mais eficiente e automatizada, além de ajudar nas tomadas de decisão.


Tipos de plataformas de e-commerce


Porém, as semelhanças ficam por aí. Existem diversas opções de plataformas de e-commerce no mercado que oferecem diferentes funcionalidades e atendem a diferentes tipos de negócio. Estes são os principais tipos:



  • Open source (plataformas com código aberto e gratuito);

  • On-premises (plataformas proprietárias sob licença);

  • SaaS (plataformas alugadas no modelo software como serviço).


Por que é importante escolher a plataforma correta?


Um erro na escolha do fornecedor pode significar a falência da loja. A plataforma mais cara não é o objetivo, mas sim aquela que irá otimizar resultados.


Voltamos ao exemplo do carro, para poder ilustrar mais facilmente a ideia. Suponhamos que o perfil do comprador seja:



  • Salário de R$ 3.000;

  • Primeiro emprego, então não tem reservas;

  • Solteiro;

  • Carro fica sempre na rua.


Para esse perfil, se a compra for um carro de R$ 50 mil, mesmo que seja possível pagar R$ 2 mil em cada parcela, ainda há a gasolina, um seguro caro (já que o carro fica na rua) e, provavelmente, o conserto por eventuais acidentes. Sem dúvida, não é a melhor escolha.


Provavelmente, um carro usado, popular e pouco visado para roubo será o ideal. É possível notar que o perfil se altera com o passar do tempo.


Da mesma forma deve ser encarada a plataforma. Analisamos profundamente o negócio para escolher a melhor plataforma para a loja virtual – sem a preocupação em migrar de sistema depois. Essa troca faz parte da evolução de qualquer e-commerce.


Como escolher a melhor plataforma de e-commerce?


Existem milhares de opções de plataformas no mercado e, certamente, uma delas irá se encaixar melhor à loja, portanto, não iremos nos preocupar com o fornecedor, mas sim em entender o perfil.


1. Investimento inicial e custo mensal


Nesse momento, consideramos que o valor inicial pago para montar o e-commerce não pode ultrapassar 20% do capital total para o projeto. Se R$ 15 mil estão disponíveis, a opção mais provável é por uma plataforma gratuita ou com menor custo inicial possível.


A prioridade é investir em aquisição de tráfego e estoque. Essas duas variáveis serão as mais importantes para quem está iniciando uma loja.


Uma empresa consolidada de mercado ou que tem disponibilidade de verba para montar um projeto maior segue a regra dos 20%, ainda válida, mas provavelmente procura pelas ferramentas mais robustas. Nesse momento, avaliaremos as funcionalidades de cada uma.


2. Analisar as funcionalidades de front-end


As funcionalidades que cada sistema disponibiliza irão ajudar em duas frentes importantes: aumentar a conversão e criar uma usabilidade incrível para o cliente. O segredo está em conhecer bem o cliente e também as lojas em que ele compra. Para isso, usamos algumas estratégias:



  • Conhecer a persona da loja virtual irá esclarecer diversos aspectos sobre para quem vendemos e como nos comunicar;

  • Saber a jornada de compra dessa persona irá ajudar na definição de quais são os canais de comunicação e quais conteúdos devem ser criados;

  • Analisar as lojas já conhecidas no mercado, de mesmo segmento, o que dará bons exemplos de funcionalidades interessantes que devem estar presentes na loja.


3. Analisar as funcionalidades de back-end


Vejamos, então, alguns pontos essenciais para avaliar a interface com o administrador:



  • Facilidade de uso do painel administrativo;

  • Facilidade de gestão dos pedidos;

  • Criação de promoções, ofertas e cupons de desconto;

  • Otimização para mecanismos de busca (SEO);

  • Integração com ferramentas de marketing (Analytics, Adsense, redes sociais, etc.)

  • Integração com soluções de pagamento, logística, marketplaces;

  • Integração com sistemas de ERP e CRM;

  • Relatórios gerenciais completos.


4. Analisar o fornecedor


Por existirem muitas opções de mercado, há uma boa chance de escolhermos um fornecedor que ainda não possui sistema comprovado pelo mercado. Portanto, aqui vão algumas dicas que podem ajudar:


• Referências internacionais como Gartner e Forrester, e nacionais, como E-Commerce Brasil e E-Awards; • Clientes atuais da base, similares aos da loja; • Casos de sucesso e resultados alcançados, similares aos da loja; • Suporte prestado.


Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a plataforma de e-commerce, suas responsabilidades e como escolher a melhor opção, é hora de colocar em prática!


Boa sorte.